Robótica na logística: o crescimento da automação no armazém

A robótica na logística é uma tendência em alta que se consolidou nos últimos anos. A progressiva complexidade do armazém e a necessidade de realizar operações ágeis e eficientes fez com que as empresas optassem por robotizar os movimentos e as diferentes áreas com armazéns automáticos.

O crescimento da robótica na logística surge da necessidade de reduzir custos e otimizar os processos para melhorar a competitividade. Ao contrário dos equipamentos convencionais, os robôs na logística garantem, quando necessário, o máximo desempenho 24/7 e a segurança da mercadoria, dos operadores e de todos os elementos do armazém.

O que é a robótica na logística?

Os robôs na logística englobam qualquer sistema ou máquina autônoma utilizada para automatizar os fluxos de mercadoria, maximizar a segurança e aumentar a produtividade das operações no armazém.

A entrada das novas tecnologias em qualquer uma das operações de armazém, tais como o recebimento de mercadorias, o armazenamento, o gerenciamento de estoque, a preparação de pedidos e a expedição de mercadorias fez com que esses robôs ganhassem um maior protagonismo. Essas soluções operam com total autonomia para executar funções como transferir a mercadoria entre dois pontos, preparar os pedidos ou armazenar os produtos nas estantes.

Cada vez mais empresas planejam utilizar robôs em suas tarefas logísticas para eliminar o risco de erros e aumentar a produtividade. É o que revela o recente estudo da McKinsey Automation has reached its tipping point for omnichannel warehouses, que calcula em 23% o ritmo de crescimento anual da automação em armazéns: até 2030 o volume de negócio desse setor atingirá a cifra de 51 bilhões de dólares.

Quais robôs podem ser utilizados na logística?

A robótica na logística utiliza diferentes máquinas ou robôs que agilizam os processos, reduzem custos logísticos e reduzem ao máximo o risco de acidentes. Em função das operações, é possível utilizar os seguintes robôs:

• Recebimento e expedição de mercadoria. As tarefas de recebimento e expedição de produtos podem ser efetuadas através de robôs logísticos como os sistemas automáticos de carga e descarga de caminhões, que permitem introduzir e retirar os paletes dos caminhões de forma robotizada e com a mínima intervenção dos operadores. Também podem ser utilizados transportadores automáticos, tanto de caixas quanto de paletes, para dinamizar as tarefas de recebimento e expedição, dois processos básicos em um armazém que suportam o maior número de movimentos diários.
• Robôs de armazenamento. Nesta categoria destacam-se os transelevadores, tanto de caixas (miniload) quanto de paletes, por sua capacidade e agilidade no momento de armazenar e extrair a mercadoria das estantes. Existem vários tipos de transelevadores: desde os monocoluna até os bicoluna, passando pelos transelevadores trilaterais automáticos. Esses robôs logísticos se movem por todos os corredores de armazenamento para localizar e extrair os paletes ou caixas das estantes de forma automática. As empresas com um número alto de entradas e saídas de mercadoria também podem optar por outro exemplo muito comum de solução automatizada: o Pallet Shuttle automático. Trata-se de um sistema de armazenamento compacto onde um carro elétrico desliza pelo interior dos canais de armazenamento, agilizando a carga e descarga de paletes.
• Preparação de pedidos. Os armazéns automáticos de caixas são uma solução que exemplificam o conceito de robótica logística na preparação de pedidos. O mesmo sistema de armazenagem inclui o transelevador miniload e os transportadores para caixas, permitindo que os operadores permaneçam nas estações de picking para satisfazer o critério “produto ao homem” (mais conhecido em inglês como goods-to-person). Outra opção para facilitar o picking são os braços robóticos, encarregados de fazer o pick and place, ou seja, extrair os produtos de uma localização para organizá-los e colocá-los em outro lugar.
• Transporte interno de mercadorias. Os robôs logísticos, como os transportadores para paletes e os transportadores para caixas, são uma das soluções mais eficazes para favorecer a movimentação dos produtos no armazém, uma vez que permitem construir circuitos muito variados que interligam diferentes áreas da instalação. Outro sistema de transporte para interligar diferentes áreas do armazém são os Sistemas de Monotrilho Elétrico (EMS). Trata-se de carros automáticos, acionados por um motor elétrico, que se movem por um trilho eletrificado suspenso do teto ou fixado no pavimento do armazém. Finalmente, as empresas também utilizam os veículos guiados automaticamente (AGV) ou os robôs móveis (AMR) para transportar mercadoria entre as várias áreas de trabalho.
• Transporte. Os drones entraram recentemente no setor da logística. Graças aos seus recursos, podem transportar e entregar, por via aérea, os pedidos feitos pelos clientes. Essa solução, ainda em período de testes, proporcionaria vantagens como a redução de custos, uma entrega mais rápida dos pedidos em comparação com a distribuição convencional através de caminhões, o descongestionamento do tráfego nas estradas e, consequentemente, uma importante redução da poluição. Embora esse tipo de entrega seria especialmente útil em áreas urbanas, também tem um grande potencial em zonas rurais afastadas e sem interligações.

Qual é a situação da robótica na logística?

A robótica na logística está a caminho de superar suas expectativas de crescimento. Um estudo da consultora norte-americana Boston Consulting Group, Robotics outlook 2030: How intelligence and mobility will shape the future, supera as previsões da McKinsey e cifra em 80 bilhões de dólares o volume de negócios dos robôs na logística até 2030.

A situação da robótica na logística é muito favorável porque a simbiose entre robô e indivíduo multiplica a produtividade no armazém. Nos armazéns automatizados, os robôs industriais complementam os operadores nas tarefas mais pesadas e repetitivas, pois assim os funcionários podem focar em operações de maior valor agregado. Tal como indica a McKinsey na análise Industry 4.0: Reimagining manufacturing operations after COVID-19, “a automação dos processos e a automação física ou a robótica podem complementar o trabalho dos operadores.”

Os robôs, além de se encarregarem de tarefas pesadas como o movimento da mercadoria ou a localização e extração dos produtos, também se encarregam de realizar as etapas mais complexas, como a expedição ou o envio de pedidos na última milha logística. Na publicação The adoption of self-driving delivery robots in last mile logistics, elaborada conjuntamente pela Nanjing Forestry University (China) e pela Cardiff Business School (UK), seus autores revelam que: “A demanda por entregas sem contato registrou um aumento líquido em 2020. Várias empresas tecnológicas estão testando seus robôs autônomos para realizar operações de última milha. Embora a entrega de pacotes com drones ainda deve superar alguns desafios, outras alternativas de entregas sem contato, como os veículos sem motorista, estão tornando-se mais populares.”

A automação tem o objetivo de impulsionar a eficiência em operações logísticas e industriais. Tal como aponta o catedrático René De Koster, da Universidade Erasmus de Rotterdam, em seu estudo Automated and robotic warehouses: Developments and research opportunities, entre as principais vantagens da automação está a otimização do espaço, um armazém automatizado pode ser construído em uma superfície menor, a produtividade e a economia obtida em outros custos operacionais como o aquecimento e a iluminação.

Robôs na logística: bem-vindos ao armazém do futuro

Os robôs na logística chegaram ao armazém e às fábricas para complementar as tarefas dos operadores e obter a máxima eficiência e produtividade em operações complexas como a preparação de pedidos, o armazenamento e extração de cargas pesadas e a movimentação da mercadoria no recinto.

Essas soluções automáticas estão sendo consolidadas progressivamente graças ao surgimento de tecnologias como o machine learning, a Internet das Coisas Industrial (IIoT) ou o Big Data, que reforçam o desempenho dos robôs na logística e eliminam o risco de erros decorrentes do gerenciamento manual. Caso esteja interessado em saber mais sobre os benefícios de robotizar uma parte ou toda a sua instalação, não hesite em entrar em contato conosco. Um assessor especializado irá oferecer-lhe a melhor solução para sua empresa.