O desafio do big data na logística 4.0
Com a irrupção do big data na logística, os operadores logísticos começaram a perceber o potencial da análise de dados para otimizar cada uma das etapas da cadeia de suprimentos.
Por trás de cada movimento, mercadoria ou sistema existem bits de informação que é possível coletar, armazenar e explorar para chegar a conclusões através das quais fazer previsões e automatizar processos.
No novo paradigma da logística e do talento 4.0, o big data desempenha um papel central na gestão de um armazém. Mas de onde obter os dados apropriados para entender melhor o funcionamento da cadeia de suprimentos? Quais as aplicações práticas do big data nesse setor? Todos os detalhes, a seguir.
De onde extrair os dados para otimizar a cadeia de suprimentos?
O big data trabalha com todo o conjunto de informações que é impossível analisar mediante métodos tradicionais, incluindo tanto dados estruturados quanto desestruturados:
- Os dados estruturados são os que a empresa já tem compilados, ou que pode compilar, perfeitamente organizados e prontos para sua exploração.
- Os dados desestruturados são registros dispersos e heterogêneos, que devem ser limpos e normalizados para sua interpretação.
Essa informação é extraída de diferentes fontes de dados à disposição dos responsáveis pela logística ou cadeia de suprimentos das empresas.
Fontes para a análise big data na logística 4.0
- Sistemas de operações tradicionais: fornecem informações relacionadas às métricas importantes para a logística da empresa, tais como os tempos de preparação dos pedidos, de entrega ou porcentagem de sucesso na primeira tentativa.
- Atividade da frota de transporte: mediante a instalação de sensores, junto às tecnologias de geolocalização, é possível controlar com precisão: horários, percursos e consumo de combustível.
- Informação meteorológica e do trânsito: agências estatais e privadas emitem pontualmente e com precisão qualquer aviso sobre o tempo ou o estado das estradas.
- Previsões econômicas: são úteis tanto as previsões gerais, em âmbito mundial ou nacional, quanto as estimativas contábeis efetuadas por cada empresa.
- Comportamento online dos usuários: o número de visitantes registrado pelo site da empresa, o padrão de navegação seguido, os produtos melhor posicionados e mais demandados na loja virtual, entre outros. Todos esses sinais são ouro puro para o data mining e, sobretudo, para a logística e-commerce.
- Alertas de desabastecimento dos pontos de venda: saber quando um produto está a ponto de se esgotar em um distribuidor contribui para um melhor planejamento dos pedidos considerando o lead time com o qual trabalhamos.
Usos do big data na logística 4.0
A prática da mineração de dados com todo o volume de registros que acabamos de mencionar vai aumentar as bases para otimizar as seguintes áreas:
1. Controle do estoque
No campo da otimização da gestão de estoque, um software de gerenciamento de armazém (WMS) como o Easy WMS da Mecalux aproveita toda a potência do big data para reunir informações importantes sobre os fluxos de materiais que ocorrem no armazém e, em função deles, otimizar a localização das mercadorias para assim conseguir a máxima rentabilidade do inventário.
2. Atendimento personalizado aos clientes
Graças à união entre o big data e os registros do CRM, é possível adiantar-se às necessidades dos clientes e, em função de seu consumo prévio, detectar se ocorreram incidentes em transações anteriores, que podem trazer à tona problemas de gestão no armazém ou no transporte.
Por outro lado, esses dados também podem ser utilizados para oferecer um serviço mais personalizado ao cliente a partir do armazém (por exemplo, usando uma embalagem especial).
3. Manutenção preventiva
O big data na logística 4.0 ajuda a garantir o correto funcionamento de qualquer tipo de máquinas e sistemas automáticos prevenindo avarias e paradas na atividade da empresa graças à manutenção preventiva programada.
4. Ajuste dos fluxos de distribuição e das rotas de transporte
À medida que são coletados e analisados mais dados dos processos de distribuição, ocorre o machine learning. Por exemplo, o software de gestão de frotas aprende e vai criando rotas cada vez mais rápidas, simples e otimizadas para a entrega dos produtos.
Da mesma forma ocorre com o WMS, que é capaz de avaliar e analisar o histórico de estoque gerenciando as melhores localizações para cada mercadoria no armazém.
Big data: o segredo do funcionamento de um armazém caótico
O paradigma da aplicação do big data na armazenagem é o sistema de localizações livre ou armazém caótico. Nesse contexto, todos os processos foram automatizados e um WMS, como o Easy WMS da Mecalux, determina onde deve ser colocada cada mercadoria a cada momento.
Uma das vantagens do armazém caótico é sua flexibilidade e sua capacidade para se adaptar a qualquer tipo de variação na demanda e no estoque. Através desse sistema o WMS está continuamente coletando e processando dados através dos quais automatiza a tomada de decisão. Dessa forma, os operadores simplesmente devem seguir suas instruções para localizar os produtos no lugar adequado.