Os robôs de serviço facilitam o acesso a soluções robóticas no armazém

Robô de serviço: assinatura de robôs para o armazém?

30 mar 2023

Os robôs de serviço, mais conhecidos pelas siglas em inglês RaaS (robotics as a service), poderá, em um futuro próximo, oferecer a qualquer tipo de empresa a possibilidade de automatizar seus processos logísticos e industriais através de um serviço por assinatura.

O RaaS surge graças à expansão do modelo de negócio as a service, tal como o software as a service (SaaS). São soluções de software compartilhadas que as empresas acessam através da nuvem. As empresas não são proprietárias da infraestrutura física, pois utilizam um fornecedor externo para os serviços que elas necessitam. A consultora Mckinsey, em sua análise Automation has reached its tipping point for omnichannel warehouses, aponta para um novo modelo de negócio por assinatura: "Novos fornecedores de robôs e automação decidiram optar pelos modelos as a service (XaaS), como o robotics as a service (RaaS) e o fulfillment as a service (FaaS).”

Em que consiste o ‘robotics as a service’ (RaaS)?

Os robôs de serviço são um modelo de negócio que promovem a automação de armazéns e fábricas através do aluguel de soluções tecnológicas. Tal como define a consultora Deloitte, “através do modelo robotics as a service, a empresa se beneficia das vantagens oferecidas pela automação por meio do aluguel de dispositivos robóticos e acesso a um serviço de assinatura baseado na nuvem

O aluguel de robôs logísticos facilita a implementação de um armazém flexível, que adapta seus processos de acordo com as oscilações da demanda dos produtos. "O RaaS proporciona às organizações a possibilidade de aumentar e diminuir rapidamente os recursos para responder às constantes mudanças que ocorrem nas condições do mercado e às necessidades dos clientes", constata o estudo da Deloitte.

A acessibilidade é a chave da modalidade de robô de serviço. Segundo o artigo Working with robots in a post-pandemic world, publicado na revista MIT Sloan Management Review, a tecnologia será cada vez mais acessível, com modelos de robótica as a service que permitirão às empresas pagar por assinatura.

A sigla RaaS proveniente dos robôs de serviço não deve ser confundida com o conceito ransomware as a service (RaaS), com o qual compartilha sigla, uma modalidade de cibercrime baseada em assinatura que mantém em alerta grandes multinacionais. Através de um artigo, a Microsoft lançou um aviso sobre esse tipo de ciberataque.

O robô de serviço consiste em uma assinatura periódica para o uso de robôs logísticos
O robô de serviço consiste em uma assinatura periódica para o uso de robôs logísticos

Como funciona o modelo ‘robotics as a service’ (RaaS)?

No modelo de negócio de robôs de serviço, o fornecedor oferece à empresa uma solução robótica que inclui um software na nuvem que se encarrega de dirigir a máquina. A tecnologia cloud computing contribui para a implementação dos robôs e reduz os custos de instalação.

O funcionamento dos robôs de serviço é semelhante ao software as a service, em que o cliente adquire um número variável de licenças para utilizar um programa logístico implementado na nuvem e cuja manutenção fica a cargo do fornecedor. No serviço RaaS, o cliente não é proprietário da solução robótica ou da tecnologia que permite seu uso, mas adquire assinaturas periódicas de um determinado número de robôs segundo suas necessidades. A empresa paga uma parcela regular que lhe concede a licença de uso do robô durante um determinado tempo.

Robotics as a service utiliza tecnologia avançada, como a inteligência artificial e a aprendizagem automática, para melhorar o desempenho das operações realizadas no armazém. As empresas que optam pela modalidade pay-per-use na robótica industrial oferecem processos de automação flexível: o cliente amplia ou reduz o número de equipamentos robotizados dependendo da carga de trabalho ou da demanda do produto.

O modelo de negócio RaaS parte da mesma premissa que a modalidade software as service
O modelo de negócio RaaS parte da mesma premissa que a modalidade software as service

Prós e contras do RaaS na automação industrial

A modalidade de robô de serviço como futuro da automação industrial é, atualmente, um debate aberto. A consultora ABI Research aponta em seu relatório 50,000 warehouses to use robots by 2025 as barriers to entry fall and AI innovation accelerates que a consolidação do RaaS poderia proporcionar às empresas maiores recursos para melhorar sua logística: “Se a automação avançada também é acessível para os e-commerce de médio porte, isso significa que poderão competir com as empresas que dominam o mercado e, por sua vez, assumir internamente as operações de atendimento dos pedidos, alterando o relacionamento entre varejistas e operadores logísticos".

No entanto, o modelo de implantação de robôs por assinatura também tem limitações. Além de nunca adquirir a titularidade do produto, o robotics as a service gira em torno de um modelo de automação industrial pouco personalizável, em que o projeto de automação não se ajusta totalmente às exigências técnicas do cliente. Por quê? Para conseguir a máxima eficiência no processo de automação logística, o fornecedor deve analisar as necessidades do cliente e oferecer uma solução sob medida. A modalidade robotics as a service não permite projetar soluções individualizadas que maximizem o desempenho da instalação.

O modelo de negócio de robô por assinatura pode favorecer a opção por soluções tecnológicas na cadeia de suprimentos. Da mesma forma que a modalidade software as a service permite um processo de digitalização flexível e de acordo com os requisitos do cliente, o RaaS pode proporcionar aos armazéns menores as ferramentas necessárias para melhorar sua produtividade. No entanto, a implementação de sistemas robóticos deve ir acompanhada de um planejamento logístico racional e de ferramentas que permitam monitorar o desempenho do armazém em cada operação.

‘Robotics as a service’: um novo modelo de negócio

A modalidade robotics as a service representa mais um passo para a progressiva automação logística e industrial. Esse modelo de negócio contribui para uma logística flexível, onde o cliente amplia e reduz as capacidades do armazém e o grau de automação em função das exigências do mercado.

Em um futuro não muito distante, o modelo de robô de serviço poderia ser outra opção para as empresas no momento de robotizar seus processos. Dependendo dos requisitos de cada empresa, da sua necessidade de personalização e das cargas a manusear, certas organizações poderiam optar por projetar e implementar um armazém completamente automático e outras por adotar modelos de assinatura paga para seus processos industriais. Caso desejar melhorar o desempenho logístico de sua empresa, entre em contato conosco. Um consultor especializado irá assessorar sobre a melhor solução para melhorar a eficiência de seu armazém.

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