Robôs colaborativos e robôs industriais: por que utilizá-los no armazém?
Os robôs colaborativos e os robôs industriais são dois elementos fundamentais da automação logística. Essas máquinas agilizam todas as operações de um armazém e, sobretudo, eliminam o risco de cometer os erros originados do manuseio manual dos produtos.
Neste artigo analisamos as principais diferenças entre robôs colaborativos e industriais e os fatores-chave para escolher entre umas máquinas ou outras.
Robótica na logística 4.0
Os robôs começaram a ser utilizados em logística há mais de 40 anos, sobretudo em indústrias com complexos processos produtivos e que exigiam mover grandes volumes de carga. No entanto, a logística 4.0 impulsionou avanços tecnológicos como a Internet das Coisas Industrial (IIoT) ou o machine learning, que permitiu substituir grandes robôs pesados por outros tipos de máquinas capazes de otimizar processos por si mesmas.
Graças a essas tecnologias, cada vez mais instalações optam por automatizar os processos no armazém. Segundo um estudo da consultora ABI Research, até 2025 serão instalados mais de 4 milhões de robôs em 50.000 armazéns em todo o mundo.
Em um cenário de concorrência crescente, as empresas foram obrigadas a substituir o trabalho manual por máquinas que automatizem as tarefas mais repetitivas ou pesadas. A introdução da robótica colaborativa se popularizou em processos logísticos como o recebimento e a localização da mercadoria, com sistemas automatizados como o Pallet Shuttle automático ou os transelevadores para paletes, o movimento de cargas, com os transportadores para caixas ou a expedição de pedidos, com sistemas de classificação automática que permitem expedir os produtos de acordo com sua rota de distribuição.
A utilização de robôs em um armazém permite:
- Eliminar o risco dos erros resultantes do gerenciamento manual de mercadoria.
- Acelerar o fluxo de mercadorias e os movimentos de cargas.
- Ter um maior controle do estoque.
- Economizar espaço de armazenamento ao compactar a mercadoria.
- Garantir a máxima segurança para a mercadoria, os operadores e a instalação.
O que é um robô colaborativo?
Os robôs colaborativos ou cobots são máquinas projetadas para trabalhar junto aos operadores em uma linha de produção ou armazém. Seu desenho permite que o operador possa estabelecer um contato seguro com a máquina, garantindo tanto sua proteção quanto a da mercadoria. Padrões internacionais como a ISO 10218-1 ou a ISO/TS 15066 se encarregam de estabelecer as diretrizes de segurança necessárias para o trabalho conjunto de máquinas e operadores.
Embora a cobótica esteja muito presente em setores que exigem intensos processos de fabricação, como a indústria automobilística, é uma solução cada vez mais comum em todos os tipos de empresa. De fato, os robôs colaborativos são utilizados em qualquer operação logística ou de produção que envolva movimentos de cargas que podem ser excessivas para serem manuseadas por um operador.
Em vez de substituir o operador, esse tipo de maquinaria é implantada nos armazéns e locais de produção para complementar suas tarefas e otimizar seu desempenho. Por exemplo, os robôs colaborativos desempenham as ações que representam um maior desgaste para os operadores, como a embalagem de pedidos ou o pick and place de artigos pesados. Entre os melhores exemplos de cobótica em logística, estão os braços robóticos localizados nas estações de picking que agilizam a preparação de pedidos ou os cobots que também auxiliam o operador no momento de paletizar ou embalar um produto.
O que é um robô industrial?
Um robô industrial é uma máquina de manuseio de mercadoria programável que é colocada em um armazém ou local de produção para desempenhar tarefas muito especializadas como a localização e extração de estoque ou o movimento de grandes quantidades de carga. Sua principal função é substituir as tarefas manuais com uma única finalidade: aumentar a produtividade, compactar a mercadoria e eliminar o risco de erro. Esses equipamentos se destacam por sua alta capacidade para operar de forma massiva com a mercadoria (24 horas, 7 dias por semana) sem exigir a intervenção de um operador.
Esse é o caso dos transelevadores para caixas. Esses sistemas de armazenamento automáticos são situados entre dois corredores de estantes para dinamizar a extração e o depósito de caixas e bandejas no armazém sem exigir a intervenção humana. O transelevador coleta a mercadoria e a coloca na localização indicada pelo Sistema de Gerenciamento de Armazém, o qual, por sua vez, programa todos os movimentos executados pela máquina. O mesmo ocorre durante o processo de extração: o transelevador ou miniload coleta a caixa indicada pelo programa de gerenciamento e a coloca nos transportadores, que se encarregam de levá-la para a estação de picking.
Outro exemplo é o dos transportadores para paletes e os transportadores para caixas. Através deles podem ser criados circuitos predeterminados que aceleram o fluxo de mercadorias entre diferentes áreas do armazém ou entre estações adjacentes.
Razões para escolher robôs colaborativos ou robôs industriais
A robótica colaborativa garante uma maior eficiência nos processos de um armazém. Mas, por que optar por robôs colaborativos e industriais? O planejamento logístico, as operações e o layout do armazém determinarão se os processos manuais devem ser substituídos por cobots ou por sistemas automáticos como transelevadores ou transportadores.
A primeira grande distinção entre esses dois tipos de robôs é seu grau de especialidade: os robôs industriais costumam ser utilizados apenas em uma tarefa, ocupam muito espaço e seu percurso é fixo, enquanto os cobots são uma solução flexível que pode ser realocada em diferentes áreas do armazém de acordo com as necessidades logísticas. Por outro lado, o robô industrial também é a ferramenta perfeita para agilizar tarefas que envolvam uma alta densidade de trabalho e repetição constante de movimentos, tal como a extração e localização de produtos.
Por isso, cada responsável logístico deve avaliar se precisa de um tipo de maquinaria ou outra em função das necessidades existentes. Uma instalação que precise mover dinamicamente altas quantidades de produto pode substituir as empilhadeiras elevadoras por um sistema de transporte automático como transportadores ou Sistema de Monotrilho Elétrico (EMS), desde que os fluxos de mercadorias sejam repetitivos. Ao contrário dos robôs colaborativos, essas máquinas não utilizam o machine learning para exercer suas funções, mas operam a partir de algoritmos avançados para completar os percursos que lhes são atribuídos pelos Sistema de Gerenciamento de Armazém.
Automação de processos: eficiência e produtividade para o armazém
Atualmente, as empresas incorporam soluções robóticas para melhorar a eficiência e a produtividade. Tanto os robôs colaborativos quanto os industriais foram desenvolvidos para agilizar os movimentos no armazém e otimizar a produtividade.
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